Ofertas de Crédito: Como Evitar Burlas Online?

Saiba como evitar burlas online, como avaliar a segurança de uma oferta de crédito e como agir, caso seja vítima de burla.

Burlas online

Apesar dos avisos do Banco de Portugal, continuam a surgir queixas de burlas online, levadas a cabo por entidades que não estão autorizadas a exercer atividade financeira em Portugal. Agem quase todas da mesma forma: entram em contacto por Whatsapp, Facebook ou Instagram e prometem dinheiro fácil, sem burocracias.

Definem taxas de juro altíssimas e prazos de reembolso apertados e podem mesmo chegar a ser agressivas na cobrança de dívidas ou fazer os clientes pagar por comissões de pré-avaliação por créditos que nunca chegam a ser aprovados.

Neste artigo, partilhamos algumas dicas sobre como identificar uma burla e quais os sinais de alarme a ter em conta no que diz respeito às ofertas de crédito online.

Como validar a oferta de crédito e evitar uma burla?

Antes de mais, avalie a situação que o leva a ponderar pedir um crédito. Será mesmo necessário obter um empréstimo adicional? Pense em soluções alternativas, tais como consolidar os créditos já contraídos ou mudar o crédito habitação para uma instituição que ofereça taxas mais baixas.

Se, depois de analisar todas as hipóteses, recorrer a um crédito online for a melhor opção, garanta que o faz junto de uma instituição financeira autorizada. Todas as entidades autorizadas a conceder empréstimos em Portugal constam de uma listagem do Banco de Portugal, disponível para consulta online. Esta lista inclui bancos e entidades financeiras que são regularmente fiscalizadas pelo regulador e cumprem os critérios necessários para levar a cabo atividades financeiras, dentro do território nacional.

Ainda antes de consultar a lista, pode procurar alguns sinais que indicam estar perante uma potencial fraude:

A entidade exige o pagamento de uma comissão de pré-aprovação. Se a empresa em questão exigir um pagamento de comissão ainda antes de ver o seu crédito analisado, é bastante provável que se encontre perante uma situação de risco. A maioria das burlas na oferta de crédito ocorre precisamente porque o consumidor paga pela avaliação do processo, mas nunca vê o seu crédito aprovado nem tem a possibilidade de reaver esse montante.

O crédito é feito “na hora”. Para além do pedido de pagamento de comissões prévias, a facilidade e a rapidez são outro sinal de alarme. Embora os créditos pessoais sejam feitos para valores mais baixos e, por isso menos, sujeitos a um processo menos demorado, não acredite quando lhe prometerem um crédito aprovado “sem papelada” e “na hora”. As entidades financeiras creditadas para realizar empréstimos necessitam dos seus documentos e algum tempo para analisar o seu pedido.

Não existem meios de contacto direto (email ou telefone). Hoje em dia, é frequente recorrermos a um website ou às redes sociais para contactar uma empresa. Se a entidade que lhe está a oferecer um crédito não tem website nem um perfil em pelo menos uma das redes sociais mais populares, este pode ser um sinal de que não quer ter um canal aberto para os consumidores se queixarem. O sinal de perigo é ainda maior se não for possível encontrar um número de telefone nem um endereço para entrar em contacto com a empresa: se esta não quer ser contactada, pode haver um motivo.

Já tem queixas registadas de outros consumidores. Os motores de pesquisa são uma grande ajuda para validar a legitimidade de uma determinada empresa de crédito. Pesquise “nome da empresa + burla” e dê uma vista de olhos aos primeiros resultados. Se, no topo dos resultados, encontra um (ou vários) links que redirecionam para um website de queixas (como o Portal da Queixa ou a Fraude.pt), este é um sinal de que a empresa poderá não ser de confiança.

O que fazer caso seja vítima de uma burla de crédito

Se seguir as recomendações que lhe deixamos neste artigo, estará mais atento e conseguirá mais facilmente evitar uma fraude de crédito online. De qualquer forma, se achar que está a ser vítima de uma burla de crédito, deve seguir os seguintes passos:

  • Denuncie a situação ao Banco de Portugal
  • Apresente uma queixa formal à Polícia Judiciária
  • Caso tenha fornecido dados bancários, entre de imediato em contacto com o seu banco

Para além destas ações, que deve pôr em prática de imediato, pode divulgar a situação, ainda que de forma anónima, nos portais de queixas online para que sirva de alerta para terceiros.


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