Métodos criativos para poupar para a entrada de uma casa

A compra da primeira casa costuma ser sempre uma ação satisfatória, mas cansativa. Trata-se de um momento importante na vida de uma pessoa, pois representará a maior conquista de independência após um longo período de pesquisa do mercado, casas, localizações, documentos, mas também poupança para uma entrada inicial. De facto, este primeiro depósito nem sempre se encontra dentro do seu orçamento, ou pelo menos não a curto prazo, mas aqui pode encontrar alguns métodos criativos que talvez ainda não tinha pensado para poupar esse valor.

Antes de mais, o primeiro conselho que é sempre dado, é estabelecer o quanto se quer poupar e em quanto tempo. Após esta etapa, é altamente recomendado que se crie uma conta poupança, a qual terá uma finalidade especial só para guardar os valores destinados à entrada (sendo esses valores depositados automaticamente todos os meses).

Muitos especialistas em finanças pessoais sugerem seguir a regra dos 50-30-20, ou seja, dividir o seu vencimento em 3 partes, fazendo com que 50% vá para os gastos essenciais, 30% para os gastos não essenciais e 20% para investimentos e economias especiais. No caso em questão, esses 20% seriam automaticamente depositados na sua conta poupança todos os meses.

Escolha um banco inconveniente para a sua conta poupança

Quando for abrir a conta poupança, evite abri-la num banco que já utilize. Pode parecer um fardo à primeira vista, mas trata-se de um bom método para evitar ceder à tentação de retirar qualquer valor dessa conta, mesmo que seja “só uma vez”. Escolha um banco longe da sua casa, um banco que cobre taxas altas para levantar dinheiro através das caixas multibanco, e, se possível, desfaça-se do respetivo cartão. Resumindo, faça com que seja um desafio inconveniente para retirar qualquer quantia das suas economias.

Siga a regra do “um terço”

Sabe aquele bónus que ganhou na empresa? Ou o cheque de valor considerável que algum parente lhe ofereceu, pois não tinha ideia de que presente escolher? Ou até mesmo aquela grande fatia do reembolso do IRS? Ao invés de poupar o valor total ou gastar o valor total, use a regra do “um terço”, ou seja: destine um terço para suas poupanças, outro terço para pagar dívidas e o outro terço para “o mimar””. Isto criará um equilíbrio entre as suas necessidades e as suas vontades, fazendo com que a tarefa de poupar seja menos árdua e mais realista.

Torne a tarefa de poupar num jogo

De modo a fazer a tarefa de poupar menos impactante no seu dia-a-dia ou até mesmo mais divertida, vários economistas sugerem diversos jogos que o ajudarão nesta jornada. Um exemplo é começar a poupar a pouco e pouco, mas ir aumentando todos os dias. Coloque 5 cêntimos num pote, no dia seguinte 10 cêntimos, no dia seguinte 15 cêntimos e assim por diante. No último dia do final de um ano a fazer isto, estará a colocar nesse pote no máximo um pouco mais de 18 euros, mas terá poupado mais de 3 mil euros.

Reorganize as suas despesas essenciais

Outra tarefa que parece mínima a curto prazo, mas que a longo prazo pode trazer-lhe um benefício considerável é reorganizar e repriorizar as suas despesas essenciais. Evite comer fora a não ser em ocasiões especiais. Quando vai ao supermercado para comprar poucos itens, não leve um carrinho de compras consigo, assim só comprará o que estava mesmo a precisar. Tire menos férias e receba parte delas em dinheiro. Não viaje por um ano, ou tente ficar dentro do país, a fazer passeios mais “low-cost”. Por fim, reveja quais as despesas que realmente são essenciais e quais as que pode deixar de lado por algum tempo (será que realmente está a fazer a sua inscrição no ginásio valer a pena?).

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📅 Este conteúdo foi publicado originalmente em: 12/10/2019

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