Como evitar sobre-endividamento

O sobre-endividamento afeta muitas famílias portuguesas. Mas existem formas de evitar e superar este problema. Fique a conhecer as melhores estratégias.

Sobre-endividamento

Os últimos anos mostraram-nos que temos de estar preparados para todo o tipo de imprevistos porque a qualquer momento podemos ver-nos confrontados com emergências inesperadas.

Ora, esta é uma aprendizagem especialmente importante quando o tema é questões financeiras. É que uma gestão cuidada e planeada das finanças familiares não só é prudente e responsável, como é a melhor forma de conseguir concretizar objetivos e evitar problemas.

Se acumular despesas, não pagar as suas dívidas e não gerir adequadamente as suas finanças, pode correr o risco de entrar em sobre-endividamento, um problema mais comum do que se pode pensar.

Só em 2021, o endividamento do setor não financeiro, que inclui os particulares, atingiu os 768,1 mil milhões de euros. Além disso, o endividamento total dos particulares aumentou 3,6% entre o final de 2020 e o final de 2021.

Perante estes números, e embora o endividamento não seja o mesmo que o sobre-endividamento, não admira que algumas destas situações evoluam e se tornem em pesadelos de sobre-endividamento.

No entanto, apesar de não existir uma solução milagrosa para este problema, a verdade é que há formas de o evitar ou ultrapassar.

O que é o sobre-endividamento?

De uma forma simples, o sobre-endividamento ocorre quando o rendimento disponível não é suficiente para cobrir as despesas correntes e as prestações de dívidas contraídas.

Neste cenário, as dívidas associadas a créditos acumulam-se e, naturalmente, os juros fazem aumentar os montantes em dívida. Facilmente a situação entra em descontrole.

E é importante perceber que todas as despesas contam para perceber se uma pessoa está ou não sobre-endividada. Ou seja, às prestações mensais de eventuais financiamentos, é necessário juntar as despesas mensais habituais, como alimentação, água e eletricidade, por exemplo.

Os motivos para uma situação de sobre-endividamento podem ser variados:

  • Desemprego
  • Perda de rendimentos
  • Deterioração de condições laborais
  • Baixa médica
  • Imprevistos financeiros

Se não forem tomadas atitudes de prevenção ou se houver uma demora na ação para contrariar o problema, a situação pode agravar-se e tornar-se mesmo insustentável.

5 dicas para Evitar o Sobre-Endividamento

O pior que se pode fazer numa situação de risco de excesso de dívidas é assumir uma posição passiva e achar que tudo se resolverá com o tempo.

Deve tomar medidas imediatas assim que perceba que a situação financeira está a agravar-se. Felizmente, existem algumas estratégias que podem contrariar este cenário.

Faça as contas

Independentemente da situação em que se encontra, o primeiro passo é mesmo fazer contas aos seus rendimentos e gastos.

Deve contabilizar toda a receita do seu agregado familiar, como salários, subsídios e prémios. Junte-lhes depois eventuais poupanças, ações e dividendos. Desta forma, terá noção de todo o património financeiro do agregado.

Depois, deve também listar todos os gastos do agregado familiar. Inclua alimentação, serviços (como luz e gás), mensalidades de estabelecimentos de ensino e prestações de créditos.

Conhecer tanto os rendimentos como os gastos permite-lhe tomar decisões mais conscientes sobre o seu dinheiro.

Avalie e ajuste os gastos

Agora que já sabe qual o rendimento do agregado familiar e onde é investido todo o dinheiro mensalmente, é hora de avaliar os gastos e tomar decisões.

Faça uma lista e procure perceber quais os encargos que podem ser aliviados ou, até mesmo, eliminados. Gastos secundários deverão deixar de ser uma prioridade, de modo a potenciar uma maior poupança mensal.

Junte os seus créditos

Por último, outra opção para combater o sobre-endividamento será a consolidação de créditos. Esta é uma solução que permite juntar todos os seus créditos num só.

Ao pedir um crédito consolidado, fica a pagar apenas uma mensalidade e estende o prazo de pagamento, o que, consequentemente, diminui o valor da prestação mensal.

Isto significa que pode conseguir poupar mais dinheiro mensalmente e fica a pagar apenas um crédito a apenas um banco.

Fale com o banco

As instituições financeiras também não têm interesse em que os clientes entrem em incumprimento.

Assim, pode e deve contactar o banco quando percebe que está a tornar-se difícil cumprir com o pagamento das suas prestações de créditos. Idealmente, embora seja complicado, pode conseguir uma taxa de juro mais baixa.

Outras alternativas são alargar o prazo do empréstimo ou pedir um período de carência, em que paga apenas os juros.

Previna-se

“No poupar é que está o ganho”, já dizia o ditado. E este é um ensinamento que deve ter presente ao longo de toda a sua vida.

Se o seu saldo mensal permitir, deve procurar criar o hábito de poupar uma parte do seu salário todos os meses. Esta é uma das principais formas de evitar situações problemáticas quando tem algum azar inesperado. E, claro, poderá ser uma grande ajuda para evitar o sobre-endividamento.

Se possível, o ideal é que cada pessoa tenha uma poupança equivalente a cerca de cinco salários.


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