Os conselhos da Mónica: Mandar a Moody’s…. arrepiar caminho!

Mónica Carvalhido expressa a sua opinião relativamente à recente avaliação da Moody’s a Portugal. Para ler e refletir…

Moody's

Desde a comunicação que foi feita sobre a avaliação da Moody’s a Portugal estou cá desconfiada que afinal somos um povo solidário e patriótico. Ou isso ou então somos uns “tugas”, que mesmo sem opinião própria (pelo menos sobre o real estado do país) juntamos-nos para mostrar a nossa indignação com… um insulto!

As manifestações que se fizeram ver na internet em geral, no facebook e no youtube em particular, fizeram-me acreditar que mais duas ou três alfinetadas destas e pimba… quase todos tínhamos vontade de trabalhar e por este país em n.º 1!! Só faltava agora dizerem que os portugueses são os culpados pelo estado do país.. era a gota de água, estou já a imaginar eventos no facebook “Deixa os subsídios e vamos trabalhar! Agora é que a Moody’s vai arrepiar caminho!!”

Não me interpretem mal, não aplaudo a cotação da Moody’s, aliás faço parte do grupo que acredita que esta cotação não está relacionada com as finanças do nosso país mas antes com a análise euro versus dólar. Contudo, acho que temos muitos telhados de vidro para podermos orgulhosamente atirar pedras.

Moody’s à parte, a verdade é que estamos muito aquém de nos podermos sentir insultados por não acreditarem na nossa capacidade de recuperação. Todos os dias milhares de portugueses também não acreditam… de alguma forma achamos que fizemos a nossa parte quando mudamos o governo.

Agora a “batata quente” está nas mãos do Passos Coelho e nós podemos trabalhar para o bronze e de preferência contrair mais um empréstimo para ir de férias e gozar de uns merecidos dias, afinal trabalhamos o ano inteiro (ou quase inteiro, tirando os feriados, fins de semana, pontes, greves, baixa… enfim, alguma coisa sempre foi e tendo em conta o sacrifício quase pareceu o dobro!!!).

A IMPORTÂNCIA DE CONSULTAR UM ESPECIALISTA

Na minha profissão trabalhamos diariamente para promover a educação financeira das famílias portuguesas, negociamos em nome do próprio condições com a banca e com as seguradoras, o que se converte na poupança de milhares de euros ao fim de alguns anos. Quando temos um problema judicial ninguém se lembra de ir para tribunal sem advogados, quando estamos indispostos pensamos em consultar um médico, quando vamos contrair um empréstimo (que irá estar presente em grande parte da nossa vida) porque não paramos para consultar primeiro um especialista?!

Durante todos os dias, o dia todo, a nossa matéria-prima de trabalho resume-se a estudar operações financeiras, melhores opções, rentabilizar perfis de clientes,… e a verdade é, pasmem-se, chegamos a pouco mais de 5% da população ativa que pensa em contrair empréstimos!!!

Aliás a nossa capacidade de gestão enquanto país pode ser exemplificada com a atitude que a maior parte de nós tem, a nível familiar, quando está a pensar comprar casa… senão vejamos, qual é o primeiro passo que se deve tomar quando pensamos em comprar casa?

Se formos honestos e recorrermos à prática a maioria de vocês irá responder – escolhê-la!

Pois…. não é de todo a resposta certa. Em primeiro lugar deveríamos estudar como a vamos pagar, para o efeito muito ajudaria consultar um especialista, alguém que de forma independente e imparcial possa não só aconselhar o valor indicado ao investimento mediante o perfil do cliente, mas também alguém que garante as melhores condições financeiras entre todas as entidades que existem a operar em Portugal.

A nossa sociedade (de consumo!) está esquecida de alguns ditados populares: “no poupar é que está o ganho“, “o seguro morreu de velho“, “casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão“, “quem não tem dinheiro não tem vícios“.

Mas a verdade é uma se gastamos o que não temos, um dia é certo que vamos ter de pagar….. “A quem do seu foi mau despenseiro, não fies o teu dinheiro.”

Os conselhos da Mónica: Mandar a Moody’s.... arrepiar caminho! Os conselhos da Mónica: Mandar a Moody’s.... arrepiar caminho!


Este conteúdo foi publicado originalmente em: 09/08/2011



🎁 Não perca nenhuma oportunidade!

Junte-se a milhares de leitores inteligentes e receba:

  • ✅ Alertas de amostras gratuitas
  • ✅ Dicas exclusivas para poupar
  • ✅ Ofertas imperdíveis em primeira mão

Tudo isto gratuitamente, diretamente no seu e-mail!

🔒 O seu e-mail está seguro connosco. Pode cancelar a subscrição a qualquer momento.

Veja também:


Messenger Poupa e Ganha

6 Comentários

  1. Não podia concordar mais. VERDADEEEE.
    Há que ser MUITO mais responsável. Temos culpas no cartório, oh se temos. Não admitir isto é um impedimento à resolução destes problemas que nos assolam.

    Bem haja.

    Paula A.

    1. Boa noite Paula

      Obrigada pelas suas palavras!
      Espero poder continuar a contar com os seus comentários. 😉

      Cumprimentos,
      Mónica Carvalhido

  2. Estou totalmente de acordo,os nossos governantes têm a sua cota de culpa,mas nós portugueses tambem temos a nossa.
    Foi o facilitismo.O adquirir emprestimo sem ver se o podia pagar,e o adquirir emprestimo sobre emprestimo,e para tudo e mais alguma coisa.foi como uma bola de neve que se foi formando,e agora é tão mas tão grande,que não sabemos que fazer.

    1. Boa noite Dores

      Tem toda a razão, foi o facilitismo que nos levou a este ponto e agora todos temos uma factura bem alta para pagar.
      A educação financeira é fundamental para garantirmos o equilíbrio em todas as áreas da nossa vida!
      Obrigada pelo seu comentário.
      Cumprimentos,
      Mónica Carvalhido

  3. Os portugueses tem todos um grande defeito. Gostam sempre de mostrar aos outros que tem uma boa vida. Se o vizinho comprou um mercedes, também vamos comprar um, só para não ficar atrás. Se o plasma do vizinho é grande, vamos comprar um ainda maior. Depois, como não havia dinheiro para tanta regalia, começou-se a fazer crédito atrás de crédito, até crédito para pagar um outro crédito. Gente, vivam conforme as vossas possibilidades, e não liguem ao que os outros tem… porque já vi muita gente com altas máquinas a armarem-se em ricos, e depois em casa nem comem para não gastar.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *