Minimalismo: Um estilo de vida que lhe permite poupar naturalmente
Conheça o estilo de vida que não tendo sido pensado para poupar, ajuda a reduzir os custos sem sentimento de perca ou tristeza – o minimalismo!
Todos nós queremos poupar, ter mais dinheiro no final de cada mês, viver mais descansados. No entanto, pode ser difícil abdicar de certas posses, de certas compras em nome do poupar.
É aqui que entra o conceito de minimalista. Um estilo de vida que não tendo sido pensado para poupar, acaba por ajudar a reduzir os custos, sem o sentimento de perca ou tristeza.
Quer conhecer o minimalismo?
Conteúdo
O que é o minimalismo?
O minimalismo é um estilo de vida que defende que vivemos mais felizes quando temos menos posses materiais. A grande maioria de nós fica feliz quando compra um novo objeto, seja uma peça de roupa, um novo utensílio de cozinha ou até um novo sofá, mas será que precisamos realmente de todas estas coisas? Precisamos de ter todos os móveis que temos? Todos os utensílios? Quantas vezes não compramos algo novo e meses depois percebemos que nunca mais o utilizámos?
O minimalista é isso mesmo, reduzir ao máximo as compras e comprar apenas o que é realmente necessário. Quanto menos coisas comprarmos, menos gastamos, menos preocupações temos e mais livres nos sentimos.
Como me pode ajudar a poupar
O minimalismo não o vai fazer poupar de um dia para o outro. O minimalismo é um estilo de vida, não um truque rápido para poupar, mas o minimalismo vai ajudá-lo naquilo que é mais importante, a poupar naturalmente, sem esforço.
Ao aderir a um estilo de vida minimalista vai começar a reduzir as coisas que tem em casa e a pensar bem na necessidade de cada compra que faz. Desta forma vai poupar naturalmente e em vez de ficar dececionado porque não pôde comprar algo, vai ficar feliz por perceber que não precisa realmente daquele objeto. Poupa tempo, poupa dinheiro e poupa preocupações.
Aprenda a reciclar
Reciclar não é só colocar o lixo nos locais corretos, é também reformar o velho em vez de comprar novo.
Além de poupar muito dinheiro ao reciclar objetos, encontra ainda uma gratificação pessoal por ter algo feito por si e único.
- Objetos decorativos – Quantas vezes comprou um porta-canetas novo porque ficava bem na sua secretária e ao fim de um mês já estava guardado numa gaveta? Será que precisava realmente disso? Ou será que conseguia, através da reciclagem transformar o velho no novo?
- Utensílios de cozinha – Caixas de cereais forradas com tecido dão ótimos organizadores de cozinha! São fáceis de conseguir e podem ser feitos à sua medida, tal como precisa.
Cestos antigos podem ter uma nova vida de forrados com tecido ou mesmo com lã.
Poderá também poupar algum dinheiro dando utilizações alternativas a coisas do dia a dia.
Dicas de como iniciar
Felizmente a internet tornou-se uma grande amiga em termos de criatividade e aproveitamento.
Existem imensos blogs dedicados à criatividade e ao Faça você mesmo, portanto se estiver com falta de ideias, basta pesquisar o que pretende no Google ou visitar o Pinterest.
Já no minimalismo, existem vários blogs em português que abordam o assunto, mas convidamos-lo a visitar o The Busy Woman and the Stripy Cat e especialmente este artigo onde se fala exatamente de como podem os minimalistas poupar dinheiro.
As vantagens e os benefícios do minimalismo
Na atual sociedade em que vivemos, onde o capitalismo massificado determina o quotidiano e a rotina da maioria das pessoas, influenciando decisivamente as suas decisões e impulsos, há cada vez mais gente a reagir contra isso.
Não é por acaso que nos últimos anos se tem verificado um regresso da cidade para o campo, contrariando as enormes vagas de êxodo rural que se verificam desde a revolução industrial, assim como a adoção de um estilo de vida minimalista.
O minimalista recusa e combate os excessos que estão intrinsecamente ligados à vida contemporânea nas cidades: o excesso de trabalho, o excesso de trânsito, o excesso de alimentação, tudo monopolizado e executado em favor do dinheiro. Com todos estes excessos, a saúde física e mental ressente-se e daí o aumento das doenças crónicas junto da população ocidental.
O minimalista prima pela manutenção apenas do necessário, num ambiente que faça cumprir esse objetivo. Isso quer dizer que um quarto, cuja função é dormir nele, tenha apenas uma cama confortável e pouco mais.
Outras características deste estilo, além dos poucos objetos, passam pelas superfícies limpas, paredes livres, linhas claras e uma sensação de harmonia, tranquilidade e ordem. Além disso, esse ambiente evita a distração que os excessos provocam e que levam à perca do foco nas nossas vidas.
No entanto, o minimalista não se verifica só na decoração da casa. Este estilo de vida estende-se ao interior dos armários e móveis e ao próprio estilo de vida, valorizando a qualidade em detrimento da quantidade e recuando qualquer apelo consumista e supérfluo.
Este movimento tem origem na contra-cultura dos anos 60 e 70, mas ganhou novo fôlego nos anos 80, especialmente após o lançamento do livro de Duane Elgin, “Voluntary simplicity”. Desde essa altura, a popularidade do movimento tem sofrido altos e baixos, tendo voltado a ganhar adeptos desde que foi adotado o termo de minimalista, graças a gente como Leo Babauta. Estes minimalistas modernos defendem um estilo de vida regrado, em que cada indivíduo não deve possuir mais do que 100 objetos, em apartamentos simplificados e estilizados.
Os desafios de um minimalista
Os desafios de um minimalista passam por analisar uma divisão, manter o foco no essencial e, acima de tudo, não desanimar. É necessário analisar o mobiliário, o espaço de circulação e os objetos fundamentais para esse local e organizá-los em função uns dos outros. É dado ênfase ao uso, diminuindo tudo o que são acessórios e deixando apenas o essencial. Como peças de decoração à vista, são deixados apenas aqueles objetos que tenham um grande significado pessoal. E em contacto com o chão apenas a mobília. Tudo o resto deve estar guardado e longe da vista.
As superfícies devem estar sempre limpas, assim como as paredes. Isso torna-se mais fácil quando não existem objetos acumulados. Também as cortinas e os tapetes devem ser modelos básicos, sem ornamentação excessiva, e com padrões simples e geométricos, para garantir um ambiente harmonioso e sem distrações.
Contudo, ser minimalista não significa privar-se dos objetos que aprecia. Antes pelo contrário: o objetivo é destacar os mais significativos, aqueles que valorizam o seu dia a dia. Por isso, adotar um estilo de vida minimalista também é financeiramente mais fiável, dado que manter o mínimo significa igualmente escolher melhor no que vai gastar, de forma comedida e inteligente.
Esse consumo consciente leva também a que os minimalistas optem por casas mais pequenas, gastando menos energia e optando por fontes energéticas renováveis, como a luz solar. Normalmente utilizam a bicicleta, evitando transportes públicos, aviões e outras formas de transporte stressantes. A mesma filosofia estende-se à alimentação, cozinhando sempre em casa, evitando alimentos processados e, na maioria dos casos, adotando dietas vegetarianas ou vegan por respeito à natureza. Na altura das compras, produtos locais e o comércio justo são as opções mais procuradas.
Esta filosofia de vida traz benefícios vários à vida dos minimalistas, começando logo pela saúde física e mental. Esse estilo de vida despojado reduz o stress, assim como preocupações com o dinheiro e com o trabalho, melhorando a qualidade de vida. Permite ainda ter mais tempo livre para fazer o que realmente gosta, incluindo tempo para dispensar em ações de voluntariado, que produza um maior tempo de qualidade e mais recompensador. É ainda um estilo de vida mais verde e sustentável, de acordo com os desafios ecológicos que o mundo ocidental enfrenta hoje em dia. E, acima de tudo, permite aos minimalistas aprenderem a apreciar mais os pequenos gestos da vida.
Ideias erradas acerca do minimalismo
Pelo contrário, existem várias ideias erradas acerca deste estilo de vida. O minimalista não significa privação, mesmo que muitas vezes esteja associado ao conceito de “pobreza voluntária”. O minimalista não está associado ao viver espartano, mas antes ao dar primazia à qualidade em detrimento da quantidade. Portanto, a simplicidade voluntária não tem nada a ver com a privação do que se gosta de fazer, antes pelo contrário, significa dar enfoque ao que realmente se ama.
Além disso, também não tem nada a ver com o regresso ao campo ou com o viver da terra, apesar dessa ter sido uma ideia conotada com o início do movimento nos anos 60. O minimalismo pode ser adotado tanto na vida rural como na urbana.
Finalmente, o minimalista também não está em nada relacionado com a rejeição da tecnologia. É certo que a maioria dos minimalistas optam por não ter televisão, por exemplo, mas isso porque preferem passar o tempo a fazer algo mais profícuo e pessoalmente mais recompensador. Essas decisões não têm nada a ver com qualquer desejo nostálgico do regresso ao passado, como por vezes se procura fazer tentar passar.
Assim, se pensa em adotar o minimalismo na sua vida, não tenha medo em tentar e em levar a sua família a embarcar nessa jornada. Procure focar-se em si e no que realmente gosta, eliminando tudo o que é supérfluo e acessório. E tenha em atenção que o conceito de vida simples difere de pessoa para pessoa, portanto não tente copiar o que vê os outros a fazer e crie o seu próprio conceito de minimalista.
Este conteúdo foi publicado originalmente em: 02/01/2018
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