O que é o KYC e por que tantas entidades o exigem?

Saiba o que é o Know Your Customer e por que bancos, corretoras e outras entidades exigem este procedimento.

Know Your Customer

Se já tentou abrir uma conta num banco ou numa corretora, provavelmente deparou-se com o processo de KYC, ou “Know Your Customer” – traduzido, “Conheça o Seu Cliente“. Este procedimento, embora possa parecer burocrático e massador, é fundamental para garantir a segurança financeira e a conformidade legal.

Decidi publicar esta informação sobre o KYC devido ao feedback de alguns seguidores que, por considerarem o KYC demasiado intrusivo, acabam por não aproveitar muitas das oportunidades que divulgamos. Vamos então explorar porque o KYC é tão importante e quais entidades têm de implementá-lo.

O que é o KYC?

O KYC é um conjunto de procedimentos usados para verificar a identidade dos clientes. Estes processos ajudam as instituições a conhecerem melhor os seus clientes, compreendendo a natureza das suas atividades financeiras e avaliando os riscos associados. Apesar de ser um pouco trabalhoso, a implementação do KYC é um forte indicativo de que a entidade é confiável e comprometida com a segurança.

Muitas das oportunidades que divulgamos aqui no Poupa e Ganha exigem o KYC. Embora este processo possa causar algum atrito inicial para muitos, deveria ser encarado como um sinal positivo de que estamos a lidar com uma entidade de confiança. Afinal, se eles se preocupam em verificar quem você é, estão claramente comprometidos com a segurança. Algumas dessas oportunidades incluem Robinhood Crypto, Uphold, Brighty App, cartão Unibanco, Plutus, entre outras. Portanto, da próxima vez que encontrar um pedido de KYC, lembre-se: é um bom sinal! 😉

Porque é obrigatório?

Existem várias razões pelas quais as entidades são obrigadas a realizar procedimentos de KYC:

  1. Prevenção de crimes financeiros: Ajuda a evitar atividades ilícitas como lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo e fraudes.
  2. Conformidade regulatória: Muitas leis nacionais e internacionais exigem que certas entidades realizem KYC para garantir a conformidade com todas as regulamentações.
  3. Gestão de riscos: Permite que as instituições avaliem e mitiguem os riscos associados aos seus clientes.
  4. Proteção da reputação: Evita que as empresas se envolvam involuntariamente em atividades ilegais que possam prejudicar a sua imagem.

Que entidades precisam de fazer KYC?

As entidades obrigadas a implementar o KYC são geralmente aquelas que operam em setores financeiros ou áreas de alto risco para crimes financeiros. Estas incluem:

  • Bancos
  • Empresas de seguros
  • Corretoras de valores mobiliários
  • Casas de câmbio
  • Empresas de transferência de dinheiro
  • Casinos
  • Prestadores de serviços de ativos virtuais
  • Advogados
  • Contabilistas
  • Agentes imobiliários
  • Comerciantes de metais preciosos e pedras preciosas

Quais dados são necessários para o KYC?

Para realizar o KYC, as entidades precisam de recolher diversas informações sobre os seus clientes. Estes dados incluem:

  1. Informação pessoal: Nome completo, data de nascimento, morada e número de identificação (como o número do cartão de cidadão ou passaporte).
  2. Prova de identidade: Cópias de documentos de identificação oficiais, como cartão de cidadão, passaporte ou carta de condução.
  3. Comprovativo de morada: Documentos que comprovem o endereço residencial do cliente, como faturas de serviços públicos, extratos bancários ou contratos de arrendamento.
  4. Informação financeira: Detalhes sobre a situação financeira do cliente, incluindo fonte de rendimentos, atividade profissional e histórico bancário.

Dependendo do tipo de transação e do risco associado, podem ser necessários documentos adicionais, como declarações fiscais, contratos de trabalho ou certidões de registo de propriedade.

Impacto do KYC na experiência do cliente

Agora, sejamos honestos: ninguém fica empolgado por passar por um processo de verificação de identidade! Mas, por mais aborrecido que o KYC possa parecer, ele traz benefícios que, no fim do dia, valem a pena.

O processo de KYC pode parecer um interrogatório, mas esta segurança adicional significa que essa entidade está a proteger não só a si, mas também todos os outros clientes, evitando fraudes e mantendo o sistema financeiro seguro.

A implementação de KYC pode ser feita de maneira a minimizar a inconveniência para o cliente. Algumas empresas utilizam tecnologia avançada para tornar o processo mais rápido e menos intrusivo, como reconhecimento facial e verificação automática de documentos. Isso não só acelera as coisas, como também pode tornar a experiência mais agradável.

Claro, há sempre aquele pequeno incómodo inicial. Mas pense nisso como uma vacina: um pequeno desconforto para uma proteção duradoura. E, se está preocupado com a privacidade dos seus dados, saiba que as empresas são obrigadas a seguir rigorosos padrões de segurança para proteger a sua informação pessoal.


Embora o processo de KYC possa parecer burocrático, ele é essencial para manter a integridade do sistema financeiro e proteger tanto as empresas quanto os clientes. A implementação destas medidas permite que as entidades cumpram as obrigações legais, previnam crimes financeiros e protejam a sua reputação. Por isso, na próxima vez que tiver de passar por um procedimento de KYC, lembre-se de que está a lidar com uma entidade séria e comprometida com a segurança e a conformidade. 😉


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