Ir às compras com orçamento pode fazer-nos gastar mais
“Eu vou às compras, mas só vou gastar 30 euros”! Quantas vezes já disse isto e acabou por trazer o carrinho cheio e a carteira vazia?
“Eu vou às compras, mas vou gastar apenas 30 euros.”
A maioria de nós já disse uma frase deste género pelo menos uma vez, acreditando que este autocontrolo seria uma forma de poupar dinheiro e de não se render aos encantos do consumismo desenfreado.
Contudo, um estudo realizado há uns anos pelos professores de marketing norte-americanos Jeffrey S. Larson e Ryan Hamilton veio demonstrar que este velho hábito pode estar a fazer-nos gastar mais dinheiro.
Na apresentação desse estudo lê-se o seguinte:
Como as restrições de preços auto impostas podem aumentar as despesas
Em “When Budgeting Backfires: How Self-Imposed Price Restraints Can Increase Spending”
Uma estratégia comum para controlar as despesas é impor uma contenção de preços a si próprio. Por exemplo, um consumidor preocupado em limitar as despesas pode decidir antes de ir às compras que apenas quer gastar aproximadamente €100 para uma determinada compra.
Embora a sabedoria convencional preveja que as restrições de preços auto impostas irão diminuir as despesas do consumidor, os autores mostram que as restrições de preços salientes podem de facto aumentar as preferências dos consumidores por artigos de alta qualidade e de preço elevado.
Os autores propõem que tornar saliente uma restrição de preços tem o efeito de dividir as avaliações de preço e qualidade dos consumidores, levando a maiores diferenças na perceção de qualidade entre as opções e a uma maior concentração na qualidade durante a decisão final.
Assim, embora os orçamentos e outros tipos de restrições de preços possam limitar as despesas ao eliminar algumas opções de preço elevado, esta investigação sugere que também podem ter o efeito irónico de aumentar as despesas dos consumidores relativamente a uma situação em que os consumidores não impuseram uma restrição de preços.
Ao definirmos um orçamento para gastar num certo produto ou serviço temos uma maior tendência para gastar um valor próximo ao valor máximo estipulado por nós. Afinal, após nos mentalizarmos que podemos gastar até trinta euros, possivelmente não nos vamos contentar em comprar um artigo que custe apenas 5 euros.
Este tipo de lógica faz com que seja mais fácil gastarmos mais dinheiro quando estabelecemos um orçamento. É quase como se tivéssemos oferecido um cheque-prenda ou um vale de oferta a nós mesmos e não quiséssemos desperdiçar um cêntimo dessa preciosa oferta.
Este tipo de situações não só nos faz desvalorizar a importância do preço, como também nos leva a comprar de forma mais desafogada, uma vez que a nossa única preocupação é não ultrapassar o nosso orçamento limite.
É certo que este estudo pode mudar a forma como gerimos as nossas idas às compras, mas, por outro lado, não estabelecer um limite daquilo que podemos gastar pode também ser prejudicial.
Talvez o ideal seja sair de casa sem um orçamento estabelecido mas com a ideia de que só devemos comprar aquilo que realmente precisamos, independentemente de custar 5 ou 30 euros. Como diz um provérbio suíço: “Quem compra o que não precisa, rouba dele próprio”.
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Hoje em dia nem é preciso levar o carrinho de compras para gastar 30 € num supermercado. Até mesmo o cesto fica quase vazio ao preço que as coisas estão. A teoria é boa mas como os preços estão sempre a subir, acho que já ninguém impõe limites….. o limite é o que precisamos (bens essenciais/mínimo necessário) e o dinheiro que temos disponível.