Obsolescência programada: Produtos criados para falhar!
Sabia que muitos produtos são projetados para durar o menor tempo possível? Descubra como a obsolescência programada afeta a sua carteira.
Porque é que, apesar dos avanços tecnológicos, os produtos de consumo duram cada vez menos? 🙁
A bateria do seu iPod “morreu” ao fim de 18 meses de uso, a sua impressora bloqueou ao fim x impressões, as lâmpadas fundiram ao fim de 1000 horas…? Hoje trago-lhe uma possível explicação para esses “fenómenos”!
Foi após assistir a um surpreendente documentário da RTVE, que decidi escrever este artigo. Comprar, tirar, comprar é um vídeo com cerca de 50 minutos repleto de factos polémicos e muito interessantes sobre… obsolescência programada!
Obsolescência programada é uma estratégia de negócio em que a obsolescência (o processo de tornar-se obsoleto, fora de moda ou não utilizável) de um produto é planeada para ele desde a sua conceção.
Ou seja, é a prática de criar produtos com um ciclo de vida limitado, de forma a forçar os consumidores a comprar novos produtos com mais frequência. Esta prática é amplamente utilizada por empresas de todos os tamanhos e setores, e pode afetar desde telemóveis e computadores até produtos de uso diário como lâmpadas e aparelhos de ar condicionado.
Na Wikipédia, obsolescência programada está definida como…
Nome dado à vida curta de um bem ou produto projetado de forma que sua durabilidade ou funcionamento se dê apenas por um período reduzido.
Wikipédia
Faz parte de uma estratégia de mercado que visa garantir um consumo constante através da insatisfação, de forma que os produtos que satisfazem as necessidades daqueles que os compram parem de funcionar ou tornem-se obsoletos em um curto espaço de tempo, tendo que ser obrigatoriamente substituídos de tempos em tempos por mais modernos.
Conteúdo
Programada para morrer
Tudo começou por uma simples lâmpada, a primeira vítima da obsolescência programada!
Na década de 1920, numa época em que as lâmpadas podiam durar mais 2500 horas, um cartel de fabricantes decidiu que elas não deveriam durar mais do que 1000 horas. E porquê?
Recomendo vivamente que, tal como eu fiz, assista na íntegra ao documentário onde é revelado como a obsolescência programada definiu as nossas vidas desde os anos 20 quando os fabricantes começaram a diminuir a vida útil dos produtos para aumentarem as vendas!
Agora sente-se confortavelmente e assista atentamente a este vídeo que certamente não o deixará indiferente:
Pode também ler mais sobre este tema e sobre este documentário em particular, aqui: Comprar, tirar, comprar
Como a obsolescência programada é implementada pelas empresas:
Há várias maneiras pelas quais as empresas implementam a obsolescência programada nos seus produtos. Uma das maneiras mais comuns é projetar produtos com peças que se desgastam rapidamente ou que são difíceis de reparar. Isso significa que, mesmo que um produto ainda esteja a funcionar bem, os consumidores podem ser forçados a substituí-lo quando uma peça falhar e não puder ser facilmente reparada.
Outra maneira comum de implementar a obsolescência programada é através do lançamento frequente de novos modelos ou atualizações de software. Isso pode fazer com que os produtos mais velhos pareçam ultrapassados e menos atrativos para os consumidores, incentivando-os a comprar novos produtos. Algumas empresas também podem deixar de fabricar peças de reposição para produtos antigos.
Impacto da obsolescência programada na sociedade e no ambiente
Além de ser frustrante para os consumidores ter que substituir produtos com mais frequência do que seria necessário, a obsolescência programada também tem um impacto significativo na sociedade e no ambiente.
Para os consumidores, isso significa gastar mais dinheiro em produtos novos do que seria necessário se os produtos tivessem sido projetados para durar mais tempo. Além disso, a produção de novos produtos tem um impacto ambiental significativo, incluindo a utilização de recursos naturais e a emissão de gases de efeito estufa durante o processo de produção.
A obsolescência programada também contribui para o problema do lixo eletrónico, já que os produtos antigos são descartados com mais frequência do que seria necessário se pudessem ser facilmente reparados ou atualizados. Isso pode levar ao acúmulo de lixo eletrónico em aterros e, em alguns casos, à exportação de lixo eletrónico para países em desenvolvimento, onde é tratado de forma insegura e prejudicial ao meio ambiente e à saúde humana.
Medidas que podem ser tomadas para combater a obsolescência programada
Embora a obsolescência programada seja amplamente utilizada por empresas de todos os tamanhos e setores, há medidas que os consumidores podem tomar para proteger o seu dinheiro e o meio ambiente.
Uma das formas mais eficazes de combater a obsolescência programada é escolher produtos de qualidade e com garantia de longa duração. Isso pode incluir procurar por produtos com boas avaliações de outros consumidores ou procurar por empresas que oferecem garantias estendidas ou programas de reparação fáceis de usar.
Outra medida que pode ser tomada é optar por reparar os produtos em vez de substituí-los por novos. Isso pode incluir procurar por casas de reparação, ou até mesmo aprender a reparar os produtos você mesmo através de tutoriais online ou cursos. Além disso, é importante se informar sobre as opções de reciclagem disponíveis para produtos eletrónicos e outros produtos descartáveis na sua área, para garantir que eles sejam descartados de forma adequada e não contribuam para o problema do lixo eletrónico.
Por fim, os consumidores também podem participar de campanhas e movimentos contra a obsolescência programada, como assinar petições ou apoiar empresas que se posicionam contra esta prática. Isso pode ajudar a pressionar as empresas a mudar as suas práticas e a produzir produtos de melhor qualidade e com ciclos de vida mais longos.
Por favor, partilhe a sua opinião sobre este controverso tema nos comentários a este artigo.
Este conteúdo foi publicado originalmente em: 10/03/2012
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Se durassem eternamente não havia lucro, rotação de produtos, não era preciso tanta mão de obra…
Lá isso é verdade e também a gente se fartaria das coisas mais facilmente
— Excelente esclarecimento. Infelizmente é o qque está a dar… actualmente já não compensa comprar artigos caros, pois, estão programados para durarem pouco. Que vergonha! Devem pensar que estamos a "nadar em dinheiro". Isto a ser verdade deveria ser considerado crime de burla, ou seja por "vender gato por lebre"!!!
Isto chama-se ganancia programada…
lol. eu ha tempos tive uma surpresa dessas quando ia para utilizar a minha impressora e apareceu uma mensagem a dizer k a mesma tinha chegado ao fim de vida. fikei de boca aberta
O quê? Mas a impressora não tirava mais fotocópias ou não ligava sequer?
Famosa é a historia que conseguiu com algo muito simples aumentar as vendas da Colgate: aumentar a saida do dentifrico. Saindo mais gastava-se mais logo aumentavam as vendas. Algo tão simples programado para gastar mais depressa o produto e o consumidor nem nota a minima diferença no consumo da pasta
Arranjam cada truque…
Até na pasta de dentes. Nas lâmpadas, isso já era conhecido.
E, eu acho que 18 meses para uma bateria não é muito tempo. Mas se o iPod for comprado novo não tem de ter dois anos de garantia?
Por exemplo o burnin feito as lampadas e aos chips para alem de tornarem o produto mais fiavel no período de garantia. A chamada curva da banheira os produtos quando sao comprados ja estao a meio da vida ….
Fiabilidade vs Longevidade