16 dicas para gerir melhor o dinheiro em casal
Como diz o adágio popular “em casa sem pão, todos teimam e ninguém tem razão”. Venha conhecer 16 dicas de como gerir melhor o dinheiro em casal.
Se gerir o dinheiro sozinho já é difícil, fazê-lo a dois é duplamente mais complicado. Passar a gerir o dinheiro em casal é um dos principais (e primeiros) desafios de quem se junta e passa a viver em conjunto, especialmente para quem o faz pela primeira vez.
É que a vida a dois leva ao aumento e partilha de despesas, ao crescimento do valor dos impostos e à divisão de rendimentos. O dinheiro pode ser um importante foco de discórdia e levar a graves discussões no seio de um casal, criando despesas difíceis de cobrir, créditos descobertos e, consequentemente, outros problemas, incluindo a nível relacional.
Passar a viver com a nossa cara-metade é um passo muito feliz nas nossas vidas, mas acarreta também bastantes responsabilidades. Além disso, exige uma ginástica na gestão do dinheiro que é completamente diferente de quando vivemos sozinhos. Por isso, existem muitos casais que atravessam crises sentimentais no início das suas relações ou que enfrentam problemas financeiros por não se adaptarem a essa nova realidade.
Porque como diz o adágio popular “em casa sem pão, todos teimam e ninguém tem razão”. De seguida abordaremos 16 dicas de como gerir melhor o dinheiro em casal.
Conteúdo
1. Fale sobre o dinheiro
Mais importante do que falar sobre o dinheiro, é saber falar sobre o dinheiro. Este não pode ser um tema tabu entre o casal – aliás, nenhuma temática o deve ser – , mas, o que é certo, é que continua a sê-lo em muitas relações. Não estamos a falar de infidelidade, traições ou algo do género, mas sim “apenas” de dinheiro!
O diálogo é uma ferramenta essencial para resolver qualquer foco de conflito e deve ser usado pelo casal para resolver os diferendos e chegar a consensos. E o dinheiro, que gera muitas vezes focos de discórdia, deve ter particular atenção. Por isso, não menospreze o diálogo sobre dinheiro e fale sobre isso com a sua cara metade.
2. Seja organizado
Ser organizado é meio caminho andado para evitar despesas adicionais. É importante estabelecer um plano de despesas mensais inicial e equilibrá-lo com os rendimentos do casal.
Uma planificação cuidada deste processo evita muitas discórdias futuras no que diz respeito ao dinheiro. Além disso, pode também, elaborar um plano de objetivos futuros, como o facto de ter filhos ou compras importantes (como a aquisição de um automóvel, por exemplo), o que vai fomentar os hábitos de poupança, mas também estreitar a relação a dois e a confiança do casal.
3. Crie um orçamento para gastos comuns
Independentemente de manter uma conta conjunta ou duas separadas, uma boa forma de ajudar a gerir melhor o dinheiro em casal é criar um orçamento para gastos comuns.
Dividir as responsabilidades de forma justa equilibra o orçamento, mas também a relação entre os dois. Por isso, junte as despesas mensais (eletricidade, água, gás, telemóvel, etc.) e até mesmo outros gastos extra (gasolina, portagens, etc.) e partilhe-as num orçamento único.
4. Faça um orçamento para lazer
O lazer e o ócio são muito importantes para o bem-estar pessoal e do casal. Por isso, além de um orçamento para gastos comuns, opte também por criar um pé-de-meia para gastar em vocês próprios.
Especialmente se o casal tiver filhos, é importante ter dinheiro para umas férias ou para uma saída especial. Assim, se planear e poupar para um orçamento específico, nunca será apanhado desprevenido quando quiser comprar algo para si ou para a sua cara metade.
5. Não viva em função do dinheiro
Lembre-se que há coisas na vida mais importantes que o dinheiro. O materialismo e o consumismo são hábitos cada vez mais implementados na sociedade moderna, que nos leva muitas vezes a agir sem pensar.
Se o orçamento mensal do casal não chega para as despesas, a primeira opção não deve passar por contrair créditos ou por procurar um segundo emprego, soluções que o levará a contrair uma dívida maior ou a hipotecar o seu tempo livre para trabalhar para pagar alguns vícios que podem ser dispensáveis.
Opte primeiro que tudo por cortar no dispensável (tabaco, saídas à noite, compras desnecessárias, etc.) e aí, o planeamento inicial que falámos anteriormente tem um papel fundamental.
6. Espere o imprevisto
É bom ter sempre em mente que despesas imprevistas podem surgir a qualquer momento. Infelizmente, os acidentes não acontecem só aos outros e, quando menos esperamos, é quando as despesas inesperadas vêm bater-nos à porta. Por isso, é importante estar preparado.
Não faça os seus orçamentos à risca e deixe alguma margem de manobra para esses possíveis extras. Se possível, um plano poupança também pode ser uma ótima solução.
7. Conheça o seu parceiro “financeiramente”
Diferentes pessoas têm diferentes hábitos financeiros, que podem depender de vários fatores. Por isso, um ponto importante é conhecer bem a sua cara-metade financeiramente falando, algo que, muitas vezes, só vimos a descobrir verdadeiramente quando vamos viver juntos.
Não procurar compreender hábitos financeiros diferentes do parceiro pode criar focos de discórdias e levar a discussões inconciliáveis. Portanto, se uma das metades do casal tem hábitos incomportáveis para o orçamento comum, mais importante do que fazer proibições é chegar a consensos, a acordos ou a cedências que satisfaçam ambas as partes. Caso contrário, isso pode levar a desconfianças e a desonestidade por parte de uma das metades. Mais uma vez, o diálogo é a ferramenta certa.
8. Opte por uma conta conjunta ou separadas
Viver a dois implica a partilha e a resolução dos problemas em conjunto, mas não exige necessariamente que o casal crie uma conta conjunta. Aliás, mesmo quando tomada essa opção, deve ser feita bem mais tarde.
Manter contas bancárias separadas mantém a autonomia do casal, sem desprezar os gastos comuns, o que também é uma mais valia do ponto de vista psicológico. Depois, passado algum tempo, avaliar as vantagens de uma conta conjunta pode ser um passo a dar.
9. Não gaste apenas para impressionar
Parece uma dica simples, mas muitas vezes esquecemos-nos dela. Várias pessoas tendem a gastar mais dinheiro do que necessário apenas para impressionar a sua cara-metade.
Normalmente, isso é algo que acontece nos primeiros encontros, mas se o continua a fazer mesmo quando já vivem juntos, então deve parar e repensar o que anda a fazer. Primeiro porque estará a criar uma imagem de si próprio que não corresponde à realidade; e segundo porque estará a endividar-se sem necessidade.
Portanto, seja autêntico, preste atenção ao que o seu par realmente gosta e não gaste mais do que pode.
10. Encontrem interesses comuns que não exijam gastar dinheiro
As relações são construídas sobre bases de interesses comuns. Os namorados gostam (e devem) passar tempo juntos, a fazerem o que gostam. Por isso, procurem encontrar algo que ambos gostem de praticar e que não exija gastar muito dinheiro.
Ao passarem tempo juntos irão fortalecer a relação, ao mesmo tempo que poupam dinheiro!
11. Seja honesto com o seu parceiro no que diz respeito a dinheiro
É sabido que um casal não deve guardar segredos um do outro. No entanto, acontece muitas vezes as partes não serem totalmente honestas em relação a questões de dinheiro, por pensarem que não é um assunto assim tão importante. No entanto, abrir o jogo e não esconder decisões financeiras ou gastos efetuados por qualquer razão é a melhor decisão.
Se tem uma dívida que não consegue pagar, mais vale contar logo à sua cara-metade, mesmo que tenha vergonha em o assumir, antes que assuma proporções maiores. Ou então, se não está contente com um gasto que o seu parceiro fez e que considera desnecessário, procure falar sobre isso o mais rapidamente possível. E sempre de forma honesta.
12. Demonstre o seu amor de forma frequente
Esta é uma dica que parece desnecessária, mas acredite que não é. Infelizmente, nem sempre o bom-senso prevalece nas nossas decisões do dia-a-dia.
Demonstrar o amor pela cara-metade de forma frequente, através de pequenos gestos, pode parecer algo normal e quase automático, mas muitas vezes é algo que desaparece ao longo das relações mais duradouras, especialmente quando o casal passa a viver junto. E isso leva a que, depois, sintam necessidade em prestar grandes provas de amor de quando em vez, que levam a inevitáveis gastos excessivos, que podem afetar o orçamento doméstico. Portanto, manter esta dica na mente e segui-la regularmente ajuda não só a manter a relação saudável, como também a poupar dinheiro.
13. Perceba que o dinheiro não resolve problemas
Muitas vezes caímos no erros de pensar que o dinheiro pode resolver problemas nas relações e procuramos “comprar” o parceiro com prendas ou saídas caras. No entanto, mais importante que demonstrar excesso, que pode significar superficialidade, é demonstrar sinceridade e, claro, amor.
Por exemplo, um simples ramo de flores pode ser mais eficaz a fazer as pazes de uma discussão que uma viagem cara a qualquer destino paradisíaco. Por isso, lembre-se que o dinheiro não traz felicidade.
14. Encoraje o seu companheiro a poupar
Se não tem uma vida financeira propriamente desafogada, então é importante que se habituem a poupar. E para ajudar a fazê-lo, nada como incentivar e encorajar a sua cara-metade sempre que toma uma decisão mais acertada nesse campo.
Por exemplo, se o seu companheiro lhe prepara um jantar romântico em casa em vez e ir gastar o dobro do dinheiro num restaurante chique, faça questão de demonstrar o quão feliz está por aquela decisão acertada. Além de estarem a poupar, estarão também a fortalecer a relação.
15. Planeie o casamento centrado nas pessoas e não nas coisas
Depois do assumir da relação e de passarem a viver como um casal, o passo seguinte costuma ser o casamento. Se está a planear o seu, considere focar-se mais nas pessoas que ama e não tanto nos objetos.
É habitual as bodas fugirem de controle e derraparem no orçamento, já que se tornaram em massivos eventos consumistas, onde se gasta dinheiro em dezenas de coisas desnecessárias. E enquanto estamos a gastar dinheiro nesses objetos, acabamos por perder o foco do que realmente interessa num casamento: o amor.
Por isso, lembre-se que mais importante do que o bolo, a banda ou as flores, são as memórias, os seus amigos e seus familiares. Por exemplo, mais importante do que encomendar um bolo grande, é garantir que o copo de água é acessível a todos os seus amigos; ou em vez de convidar todas as pessoas que conhece, opte por convidar apenas aqueles que gosta realmente e para quem esse dia será especial.
16. Planeie uma lua-de-mel romântica, não uma dispendiosa
Depois do casamento, vem a lua-de-mel, outra ocasião que é muito fácil sair também de controlo. Por isso, lembre-se que, tal como a boda, o mais importante é o romance, a experiência e as memórias.
Para ser uma lua-de-mel memorável não tem que ser necessariamente cara. Mas tem que ser seguramente romântica. Por exemplo, em vez de escolher o destino exótico da moda, pesquise na agência de viagens quais os que estão mais em conta; ou então, em vez de ir fazer todas as atividades que lhe impingem no hotel ou na agência de viagens, escolha aqueles que realmente gostam de fazer juntos.
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