27 regras básicas (mas valiosas) de finanças pessoais
Conheça algumas medidas que podem, direta ou indiretamente, ter um impacto bastante positivo nas suas finanças pessoais.
Chamar “regras” aos tópicos listados neste artigo, é um pouco exagerado! Talvez seja mais correto entender esses tópicos como dicas ou ferramentas básicas mas úteis, para nos colocarmos num bom caminho financeiro, profissional e pessoal.
Muitas destas ideias já foram, de algum modo, abordadas aqui no Poupa e Ganha. Sinta-se livre para escolher as dicas que melhor se adaptam a si e à sua situação económica. Quantas mais medidas conseguir implementar, mais benefícios terá. 😉
Conteúdo
1. Gaste menos do que ganha
Uma regra de finanças pessoais tão fundamental como óbvia. Procure “a todo o custo” gastar menos do que ganha e coloque de lado o excedente para uso futuro. Assim, conseguirá garantir uma melhor qualidade de vida quando for mais velho e não tiver as oportunidades e energia que tem agora.
Se os seus ganhos não forem superiores às suas despesas, é praticamente impossível alcançar grandes objetivos financeiros… a não ser que surja um milagre. E certamente não quererá arriscar e ficar impacientemente à espera de um milagre!
2. Não tome decisões acreditando que o dia de amanhã será melhor
Quantas vezes já tomou más decisões de gastos e realizou péssimos negócios, apenas porque acredita que conseguirá ganhar mais dinheiro futuramente? Esse pode ser um erro tremendo, do qual se pode vir a arrepender imenso.
Talvez até tenha razão! No futuro poderá estar a ganhar bem melhor do que ganha agora, mas também é provável que o contrário ocorra, deixando-o numa situação financeiramente delicada.
3. Simplifique a sua vida
Não colecione cartões de crédito na sua carteira. Quantos mais cartões de crédito tiver, maior a probabilidade de se endividar ou de ser vitima de fraude.
Quantas mais contas de investimento tiver, menor atenção despende a cada uma delas, o que poderá aumentar o risco de cometer um erro que o faça perder dinheiro.
Conclusão, cancele cartões de crédito, ficando apenas com os que lhe forem mais vantajosos (os que oferecem cashback, por exemplo). Da mesma forma, reduza os seus investimentos de forma informada, para garantir que mantém os mais seguros e rentáveis.
4. Tenha como prioridade a constituição de um fundo de emergência
Se ainda não começou a constituir um fundo de emergência numa conta poupança ou até mesmo numa conta à ordem separada, essa deverá ser a sua primeira prioridade.
Você pode começar a criar um fundo de emergência, automatizando uma transferência semanal ou mensal da sua conta à ordem para a sua poupança e deixando o montante acumular até que surja uma emergência.
5. Foque-se em eliminar as dívidas com maiores taxas de juro
Se está endividado, crie um plano simples para as liquidar, começando por as organizar por ordem de taxa de juro. Ou seja, comece por liquidar as que têm os juros mais elevados.
Não caia na tentação de contrair novos créditos para pagar dívidas atuais. Verifique se a solução de crédito consolidado se aplica ao seu caso.
6. Comece a pensar na reforma
Depois de liquidar todas as suas dívidas com juros altos, comece imediatamente a economizar para a sua reforma.
Orientar uma percentagem do seu ordenado todos os meses para um Plano Poupança Reforma (PPR), pode ao início lhe parecer desconfortável, mas essa sensação rapidamente se substituirá pelo prazer de saber que está gradualmente a garantir a sua reforma, e como tal, uma melhor qualidade de vida no futuro.
Informe-se bem sobre qual a melhor solução para constituir um Plano Poupança Reforma. Tenha em conta que existem dois produtos bastante distintos: “seguros PPR” e “fundos PPR”, sendo que neste último o seu capital não está garantido, ou seja, existe o risco de perder parte do dinheiro que investiu.
Recomendo a leitura do artigo Como escolher um PPR? publicado pela plataforma ComparaJá.
7. Elabore um orçamento familiar
Um orçamento pode ser uma ferramenta útil para manter as suas despesas no bom caminho. Mas para elaborar um orçamento familiar realmente útil, deverá começar por registar os gastos reais dos meses anteriores.
Tem noção de quanto gasta mensalmente em alimentação, em diversão, com o seu carro, em serviços como água, luz e TV? Registe números reais e evite estimativas.
Vasculhe os extratos bancários e do cartão de crédito, assim como todas as faturas. Pode inclusive recorrer a plataformas informáticas e apps para o ajudar nesse processo, como por exemplo, o Boonzi.
8. Passe todas as suas despesas fixas a pente fino
Já alguma vez parou para analisar a sua fatura da luz, das operadoras de telecomunicações, do ginásio, etc? Existe a probabilidade de estar a pagar por serviços extra que nem sequer utiliza, como por exemplo, estar a pagar por um pacote de 200 canais de TV, quando na realidade, nem metade são do seu agrado.
Subscreveu assinaturas de revistas ou outras publicações que já não tem interesse? Paga mensalidades do Netflix mas raramente assiste? Então cancele tudo isso!
Faça quanto antes uma vistoria a todas essas despesas e veja no que pode cortar… e corte!
9. Seja ambicioso e relembre os seus objetivos
Sabe exatamente o que quer para o seu futuro? Talvez iniciar um negócio, atingir a tão cobiçada independência financeira, viajar pelo mundo, etc.
Sejam quais forem os seus objetivos, crie lembretes para todos eles. Desse modo, fará melhores escolhas e tomará melhores decisões de acordo com os seus objetivos de vida.
10. Descubra quanto realmente ganha por cada hora de trabalho
Faça as contas a quanto realmente ganhou no ano passado (salário líquido, ou seja, o que realmente lhe “caiu” na conta) e subtraia todas as despesas inerentes ao seu trabalho, tais como deslocações, refeições, vestuário de trabalho, etc. Finalmente, divida esse resultado pelo total de horas trabalhadas de modo a obter o seu verdadeiro salário por hora.
Use esse valor como um ponto de comparação para tudo o que deseja comprar. Por exemplo, imagine que você pretende comprar algo que custa 50€, ao saber que ganha, por exemplo, 5€ por hora, já se poderá questionar se esse item vale o esforço aplicado em 10 horas do seu trabalho. Talvez dessa forma, se sinta desmotivado a comprar o tal item!
11. Conduza dentro dos limites de velocidade permitidos
Ao conduzir o seu veículo em excesso de velocidade, para além de aumentar o consumo de combustível, ainda arrisca a pagar uma multa ou a ter um acidente.
Parece óbvio, mas nem todos têm noção da poupança associada a esta medida.
12. Isole bem a sua casa
Problemas de isolamento são os inimigos número 1 de poupança energética tanto nos meses de inverno como de verão. No inverno, o ar quente sai e o ar frio entra, havendo necessidade de aquecer a casa recorrendo a lareiras ou aquecedores. No verão, o ar frio sai e o ar quente entra, fazendo com que se recorra a ventoinhas ou ar condicionado.
Existem várias soluções para ambos os problemas, mas uma das estratégias mais eficientes e fáceis de implementar é simplesmente isolar a casa, ou seja, procure por zonas onde o ar escapa e sele-as.
13. Crie um bom relacionamento com os seus vizinhos
Um vizinho é alguém que lhe pode emprestar algo, fazendo com que evite ter de se deslocar a uma loja. É alguém que pode tomar conta da sua casa e o alertar para algo suspeito durante a sua ausência. Ou até mesmo alguém que o pode ajudar com conselhos úteis relacionados com a sua área de residência.
Conheça os seus vizinhos e crie laços com eles. Ofereça-se para ajudar e não se sinta retraído para também pedir ajuda. Esse relacionamento pode vir a revelar-se muito valioso para todos.
14. Negocie a redução da taxa de juro das suas dívidas
Se está endividado, não descarte a possibilidade de renegociar as taxas de juro, nomeadamente dos cartões de crédito. Basta telefonar para empresa do cartão de crédito e solicitar uma redução da taxa de juro atual. Não custa nada tentar!
15. Ensine os seus filhos a lidar com o dinheiro
Converse com os seus filhos sobre dinheiro desde a mais tenra idade, explicando-lhes a importância de gastar menos do que se ganha e não se endividarem.
Mas não fique apenas pelas palavras, seja um exemplo para eles no seu dia-a-dia.
16. Não mexa no seu PPR
Quando você se vê numa situação financeiramente instável, pode ser muito tentador tentar recorrer aos fundos do seu Plano Poupança Reforma para liquidar dívidas ou amortizar um crédito. Se puder, evite isso ao máximo. Tenha essa solução como sendo de último recurso.
De qualquer forma, dependendo da situação e condições do seu PPR, muitas vezes não é possível tirar de lá o dinheiro no imediato. Mas se por acaso tiver essa possibilidade, lembre-se que ao retirar o seu dinheiro, para além de perder benefícios, também poderá ser difícil reabastecer a sua conta.
17. Planeie as suas refeições no início da semana e aproveite sobras
Planear uma semana de refeições não lhe levará mais do que meia-hora do seu tempo e permitir-lhe-á poupar muito dinheiro!
Ao ter um plano de refeições, evita ter de improvisar com despesas extra na forma de almoços e jantares em restaurantes, ou paragens em lojas de conveniência.
Use os folhetos dos supermercados para o ajudar a planear as refeições. Crie uma lista de compras e respeite-a para evitar compras impulsivas.
E porque não, reservar um tempinho do seu fim-de-semana para confecionar as refeições para toda a semana e congelá-las. Ou seja, cozinhe para um batalhão! 😉
E em relação às sobras de comida? Sobras ou restos de refeições, têm muitas vezes uma conotação negativa, mas a verdade é que devem ser vistas como refeições gratuitas. Portanto, aproveite-as! Não faltam ideias na internet para aproveitar sobras de refeições.
18. Não compre para impressionar os outros
Não baseie as suas escolhas com o objetivo de impressionar outras pessoas. Ter o último modelo de iPhone, a roupa da moda, ou o carro de luxo só para impressionar, poderá lhe sair muito caro!
Citando o ator e comediante norte-americano Will Rogers: “Too many people spend money they haven’t earned, to buy things they don’t want, to impress people they don’t like.” Nem mais! 😀
E claro, também não se deve deixar impressionar com a forma como os outros gastam o dinheiro.
19. Afaste-se dos jogos de azar, casino, etc
Faça as contas a quanto poupa ao optar por não jogar todas as semanas no Euromilhões, Totoloto, Totobola, e ao manter-se afastado de casas de apostas, casinos, etc. Depois, pense em quantas pessoas conhece pessoalmente que tenham ficado ricas com esses jogos. Valerá a pena arriscar ou é um desperdício de dinheiro?
Mas se não consegue se abster do ritual de registar o Euromilhões, pelo menos faça-o com pés e cabeça.
20. Faça uma revisão semanal das suas finanças, da sua carreira e da sua vida pessoal
No final de cada semana, reflita sobre a semana que termina e sobre a semana que vai entrar. Faça uma introspeção, analisando se continua no caminho certo para atingir os seus objetivos, o que correu melhor e o que correu pior, se ainda está feliz com os seus objetivos e se é necessária uma mudança ou adaptação.
Pode parecer absurdo, mas esta análise regular do seu ponto de situação, pode se revelar crucial para a concretização dos seus objetivos a longo prazo.
21. Prefira hobbies que lhe acrescentem valor
Será que está a ocupar o seu tempo livre da melhor forma possível? Tente arranjar um hobby que para além de agradável e divertido, lhe permita desenvolver habilidades ou tenham impacto positivo no seu desenvolvimento pessoal, como por exemplo, voluntariado.
E, de preferência, opte por uma ocupação que envolva poucos ou nenhuns gastos para si.
22. Veja menos televisão
Já fez as contas ao número de horas que passa diariamente à frente da TV? Se é daquelas pessoas que “se perde” a assistir televisão, nem dando pelo tempo passar, talvez seja altura de dispensar pelo menos metade desse tempo e aplicá-lo em atividades mais enriquecedoras.
Não precisa de pôr completamente de parte a televisão, mas pode, por exemplo, fazer uma seleção dos programas que mais gosta de assistir e evitar perder a noção do tempo a fazer zappings infindáveis.
23. Aplique a regra dos 10 segundos e dos 30 dias
A regra dos 10 segundos é uma tática que apesar de muito simples, o pode ajudar a poupar muito dinheiro.
Sempre que estiver tentado a comprar algo que lhe pareça uma pechincha, pare durante 10 segundos diante desse objeto e faça as seguintes questões a si próprio:
- Realmente preciso disto?
- Causará algum tipo de realização na minha vida que não seja já alcançada pelo que possuo atualmente?
- Poderia dar melhor uso ao dinheiro que vou gastar nesta compra?
Regra geral, 10 segundos são suficientes para se convencer que afinal não precisa daquele item.
Para os itens mais caros, tal como grandes eletrodomésticos, um automóvel ou até mesmo uma casa, a regra dos 10 segundos pode não ser suficiente para o dissuadir. Nesses casos, prefira aguardar 30 dias após o seu impulso inicial de compra.
Aproveite esses 30 dias para fazer pesquisas e comparações de preços, assim como, para refletir se realmente necessita do item. Provavelmente chegará à conclusão que na maioria das vezes acaba por desistir da compra ou até encontra uma alternativa mais em conta.
24. Reduza o consumo de alimentos processados
Os alimentos processados ou industrializados, são produtos comercialmente preparados de modo a possibilitarem um consumo mais conveniente. Um bom exemplo disso são as refeições pré-confecionadas, como as pizzas e lasanhas, as carnes processadas, como as salsichas e chouriços, as batatas fritas, os caldos concentrados (como aqueles cubinhos da Knorr e da Maggi), entre outros.
Geralmente, esses produtos alimentares, para além de caros, também são prejudiciais para a saúde. No fundo, estamos a pagar pela facilidade de consumo, não pela qualidade dos ingredientes.
Não tem necessariamente de erradicar da sua alimentação todos os alimentos processados, até porque existem muitos que não são assim tão prejudiciais (como é o caso dos iogurtes, alguns enlatados, frutos secos, bebidas vegetais, etc) e até podem ser uma boa ajuda em momentos em que temos menos disponibilidade. Mas tente, dentro do possível, evitá-los, preferindo confecionar refeições mais simples, saudáveis e económicas.
25. Evite o tabaco, bebidas alcoólicas e outros hábitos viciantes
Uma substância que o faça sentir compelido a consumi-la e que não atenda à necessidade de se alimentar, para além de prejudicial para a sua saúde, é ainda uma despesa desnecessária que lhe esvazia a carteira.
Se alimenta vícios como o tabaco ou o álcool, reflita agora mesmo sobre como esse hábito é prejudicial para a sua carteira e saúde, e um obstáculo à realização dos seus sonhos.
26. Partilhe as suas ambições e os seus erros com o seu companheiro
Se está num relacionamento de longo prazo, não deixe que os seus sonhos e os seus problemas sejam tema tabu. Abordar esses temas em casal, pode ajudar a manter o foco e a tomar melhores decisões na vida.
Reserve algum tempo para conversar regularmente com o seu companheiro sobre os vossos grandes objetivos, bem como sobre os obstáculos que forem surgindo.
27. Lembre-se que o dinheiro, por si só, não traz felicidade
Nenhuma coisa no mundo o fará feliz se você não estiver feliz por dentro. Nunca apoie a ideia de que possuir algo o fará mais feliz do que está agora.
O dinheiro pode ajudar a reduzir algum stress e ansiedade e, eventualmente, providenciar-lhe uma melhor qualidade de vida. Seja muito inteligente com o seu dinheiro! 😉
O que achou desta regras/medidas/dicas? Partilhe as suas ideias nos comentários.
Este conteúdo foi publicado originalmente em: 03/05/2020
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